quinta-feira, 24 de março de 2011

Ciranda

Portinari
Tenho fé nas coisas
que não existem
a casa onde não morei
amigos que não fiz
caminhos que não segui
poemas que não escrevi.
Certo sabor de pitanga
carambola, goiaba, manga
gangorra, madeira
pequenos pés dançando
na água empoçada
pulsando a semente
na terra escura, lama, chuva
nós tudo escutando
o cheiro de pão quente
uma senhora contando estórias
além do muro.
Pra lá do mundo...
a menina guiando
uma jangada de cano
a lua...
perseguindo o sorriso
dela
O vento...
nos cabelos...
dela
as ondas do mar...
na esteira
dela
as estrelas...
no destino
dela.
Beira Lua

4 comentários:

  1. Belos versos que aludem o lirismo do prosaico, as reminiscências cotidianas, a leveza dos dias e do tempo que corre por entre as frestas das nossas lembranças.
    Um abraço,
    Genny

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  2. ola hem!!!!nao pode esquecer dos participantes antigos do teatro,eu participei do cirande!!!!!bjssss

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  3. muito bem ..smith otima iniciativa que tenha bastante ultilidade e sucesso claro,um dia escrevo algo para o bem ou o mal geral da nação.. e qero ver neste blog..té mais....

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