terça-feira, 29 de março de 2011

NOITE SEM ESTRELAS


Tela de Klimt



À luz da ribalta

na noite sem estrelas

trasfiguração

dores inventadas...

o real absoluto, metafísico, inculto

Para além deste mundo..

chuva fininha

Água furtiva e calada

Minha alma que chorava

Sob aquela poesia

uma rosa negra desfolhada

minha face uma rosa roxa petrificada

rosas rosas rosas Rosa: Veredas...

Diadorim... meu amor... minha neblina

"Meu amor..."

Coração partido em mil pedaços

Acontece que eu não sou "moderninha"

Minto tão somente

Desculpa...

Capitu fechou os olhos

Ressaca

fluxo e refluxo

Travessia no preAmar

Fiquei casmurra

e pronto. Acabou.

Ponto.

Envelheci.

Não foi possivel atar

a duas pontas da vida

com a história que escrevi

não foi possivel recompor

o que foi nem o que fui

falta-me eu mesma

e esta lacuna é tudo.

Não quero te ferir com esse veneno,

Apsara, dama do escorpião...

Tosco escorpião acuado e inseguro

Esse veneno...

destilo todo ele em mim mesma

"Porque quem gosta de maçã..."

Não conhece a maçã pequena e azeda

brasileira... 1,80 na feira.


BEIRA LUA

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